Morador da cidade de Maraú, Marcos Vinícius Santos, 27 anos, fez parte do Programa Aliança com o Adolescente pelo Desenvolvimento Sustentável no Nordeste, em 1999. Atualmente, é Turismólogo, professor concursado e faz parte do Conselho Municipal de Turismo, além de liderar o grupo de Jovens e Missionários da Igreja. Segundo Marcos, os conhecimentos que adquiriu durante sua passagem pela Aliança foram decisivos para se tornar quem é hoje.
Confira o depoimento deste jovem protagonista:
No primeiro contato com a equipe coordenadora, percebi que a proposta era rica e transformadora. A partir desse dia, tive a certeza de que não seria mais o mesmo. O conhecimento que o Programa Aliança com o Adolescente arraigou em nossas vidas foi e está sendo muito útil. Coloco-me na terceira pessoa, pois tenho contato com quase todos os jovens que participaram desta iniciativa. Precisávamos de uma orientação que nos desse suporte para externar nosso potencial de agentes protagonistas e foi exatamente o que encontramos.
Muitos estudos, viagens e oficinas foram realizadas. Nosso primeiro grande trabalho, o “Projeto Lixo no lugar Certo, Saúde para Maraú”, foi um sucesso. Conseguimos mobilizar todas as escolas da sede do município e cinco da zona rural com ações educativas.
Hoje, posso afirmar que faço a diferença na minha comunidade. Curso Geografia, sou professor concursado e faço parte do Conselho Municipal de Turismo, além de liderar o grupo de Jovens e Missionários na Igreja. Estou sempre engajado nas atividades culturais e sociais de Maraú. Acredito que a minha formação, enquanto cidadão, está sustentada em três bases: família, Programa Aliança com o Adolescente e Igreja.
Em 14 de março deste ano, um email era endereçado à Fundação Odebrecht via portal Fale Conosco do site da instituição. Nele, uma jovem agradecia pelos conhecimentos adquiridos, em 1998, quando ela participou do projeto Pacto do Sítio do Descobrimento pela Educação, em Belmonte, sul da Bahia.
“Graças a minha passagem pela Fundação, escolhi trabalhar com crianças e adolescentes, passando para eles minha experiência, tudo que aprendi durante minha caminhada”, declarava Ariane Piedade, hoje com 24 anos. O contato por email deu origem a uma entrevista e agora a história da jovem se junta a de outros talentos na página especial sobre os 20 anos de Protagonismo Juvenil: https://www.fundacaoodebrecht.org.br/protagonismo.
O Pacto do Sítio do Descobrimento pela Educação foi um movimento cidadão de cinco municípios. Articulados pela Fundação Odebrecht, os prefeitos de Belmonte, Eunápolis, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália, representantes da sociedade civil organizada da região, empresários, o Instituto Ayrton Senna e o Ministério da Educação, decidiram formalizar, em outubro de 1997, o compromisso de lutar para ter todas as crianças do sítio do descobrimento na escola até o ano 2000.
Ariane passou cinco anos no projeto, entre a formação e o trabalho como multiplicadora. Ela participou de cursos e palestras, levando o que aprendia para outros adolescentes, nos municípios vizinhos ao seu. “Nossa formação era em questões de cidadania, meio ambiente e educação sexual. Também tivemos acesso a alguns cursos profissionalizantes”, relembra. Ariane, que está na faculdade cursando Serviço Social, conta orgulhosa dos trabalhos voluntários que atualmente desenvolve com crianças e adolescentes da escolinha de circo de Belmonte. “Eu iniciei em 2006, como professora de reforço escolar. Aos poucos, fui me descobrindo como conselheira. Quando eles têm algum problema, eu acompanho a família, apóio no encaminhamento para os órgãos competentes”.
Descobrir seu poder como cidadã foi um dos principais aprendizados adquiridos no projeto Pacto do Sítio. “Sei do poder que os jovens têm para transformar o ambiente em que vivem. Acredito que cada jovem que passou, ou está passando por algum projeto da Fundação Odebrecht, nunca mais será o mesmo”.