Pouco mais de 20 km de distância separam os municípios de São Miguel das Matas e Laje (BA). O primeiro foi onde nasceu Roberto Carlos dos Santos, 34 anos, que hoje vive na comunidade Cruzeiro, em Laje. Para ele, a mudança não se deu somente no lugar onde nasceu, mas foi responsável pela transformação do seu destino e de toda a família. “Cheguei em Laje com 14 anos e foi aqui que encontrei oportunidade de crescimento”, conta.
O agricultor é casado com Nalva dos Santos, 34 anos, e é pai de Robert Santos, cinco anos. Ele cultiva mandioca e é um dos associados da Cooperativa dos Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia (Coopamido), fundada em 2009, com o intuito de incentivar a geração de trabalho e renda na região. “Não tinha onde fazer meus plantios, mas com a Coopamido pude me desenvolver”.

A Cooperativa firma parcerias com fazendeiros a fim de estimular o empréstimo de terras degradadas aos agricultores locais, que as utilizam para o cultivo de mandioca. “Para ser beneficiado, o associado precisa desenvolver as ações visando a sustentabilidade. Com isso, todo o processo de produção é realizado com práticas conservacionistas”, salienta Jairo Souza, Presidente da Coopamido.
Por isso, desde 2009 Roberto faz seus cultivos em seis hectares da fazenda Sombra Verde e em cinco hectares da fazenda Novo Horizonte. “Essa era a oportunidade que eu precisava”. Hoje sua renda média mensal passou de R$ 400 para até R$ 2 mil. “Todas as raízes são entregues à Coopamido e sou remunerado de forma justa por isso”.
Para Nalva, a maior felicidade é ter melhores condições para criar o seu filho. “No campo estamos vendo resultados para o nosso trabalho e quero que isso cresça a cada dia para dar um futuro melhor para o meu Robert”, conta Nalva.
No futuro, a família quer adquirir sua própria terra. “Sonho em continuar trabalhando nas fazendas e ter meu lugar para plantar, complementando a renda”, completa Santos.
A Coopamido é uma das instituições do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS) e conta com o apoio da Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados.