No Baixo Sul da Bahia, três Cooperativas Estratégicas apoiadas pela Fundação Odebrecht, através do Programa PDCIS, estruturam-se com base em uma cadeia produtiva completa, do apoio técnico aos produtores, passando pela industrialização e consequente geração de valor ao produto, à parceria com distribuidores para garantir a venda. Só em 2015, a Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm), Cooperativa dos Aquicultores de águas Continentais (Coopecon) e Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) impulsionaram a atividade rural, com mais de 800 agricultores familiares associados e faturamento próximo aos R$ 50 milhões.
Para a Coopalm, o ano foi de consagração como a maior cooperativa produtora de palmito cultivado e certificado de pupunha do Brasil, segundo dados do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia. A cooperativa também apresentou uma novidade. Antes descartada, a base da pupunha agora tem seu miolo “troquelado” [furado e extraído]. Como o produtor recebe por haste, que terá uma nova parte aproveitada, ele ganhará 10% a mais em cima do que cada haste já rendia. “é o aproveitamento da matéria-prima agregando valor para a renda da família”, resumiu o Diretor Executivo Josimar Cícero. Em 2015, os mais de 450 agricultores familiares cooperados foram responsáveis pela produção de 620 toneladas de palmito, com faturamento superior a R$ 25 milhões.
Já a Coopecon tornou-se a primeira cooperativa da Bahia, no setor de aquicultura, a comercializar óleo de peixe para a produção de biodiesel. Agora integrante do Programa Nacional da Produção de Biodiesel (PNPB), do Governo Federal, a cooperativa assinou contrato com a Petrobras, que viabilizará a comercialização de 130 toneladas anuais de óleo. “Além de aumentar o nosso faturamento, o biodiesel de óleo de peixe abastecerá as refinarias da Petrobras. Estamos contribuindo para um mundo mais sustentável”, pontuou Marcelo Costa, Diretor Executivo da Coopecon. No ano passado, a cooperativa passou dos R$ 12,5 milhões em faturamento e agregou cerca de 70 aquicultores familiares cooperados, que cultivaram mais de mil toneladas dos pescados tilápia e pirarucu.

O ano de 2015 foi marcado por um grande acontecimento para a Coopatan. Sua nova fábrica de farinha de mandioca foi inaugurada: a maior do Norte e Nordeste e uma das mais modernas do País. Construída com recursos oriundos do Acordo de Cooperação Técnica e Financeira assinado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Odebrecht, em 2009, o investimento para implantação dessa estrutura somou aproximadamente R$ 5,8 milhões. Hoje, a Coopatan também comercializa produtos como massa para bolo, bananas (da terra, prata, maçã) e abacaxi in natura. Com resíduos da farinha de mandioca, gera-se, ainda, ração para bovinos. Também no ano passado, a Coopatan lançou um novo produto no mercado, a tapioca Realeza. A comercialização ocorre em supermercados da região e pela Rede Walmart. Composta por 290 agricultores familiares associados, a Cooperativa alcançou no ano passado a receita de R$ 11 milhões, com a produção de mais de 7.800 mil toneladas de raízes de mandioca, abacaxi, banana e aipim.
